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HRP-Unicamp recebe 60 doses de antídoto para casos de intoxicação por metanol

Iniciativa da SES garante resposta rápida a possíveis casos de intoxicação na região e reforça papel do hospital como referência em atendimento e suporte técnico à rede de saúde.

Foto: Divulgação

O Hospital Regional de Piracicaba (HRP-Unicamp) recebeu nesta quarta-feira, 08/10, 60 doses de álcool absoluto, também conhecido como etanol farmacêutico. A substância funciona como antídoto para tratamento em casos de intoxicação por metanol. O envio foi realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) com o objetivo de fortalecer o atendimento e garantir resposta rápida diante de possíveis ocorrências na região.

“Nosso papel é garantir que, se houver um caso suspeito na região, o suporte clínico e o medicamento estejam imediatamente acessíveis”, explica o coordenador da UTI do HRP-Unicamp, Sérgio Naves. O antídoto atua bloqueando a metabolização do metanol no organismo, impedindo que ele se transforme em substâncias altamente tóxicas que causam cegueira e até a morte.

Os atendimentos com uso do antídoto serão realizados em pacientes encaminhados via Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo. Para casos de pacientes atendidos em outras unidades da região, o HRP disponibilizará as ampolas mediante solicitação técnica.

O fluxo de distribuição foi definido pela equipe técnica do hospital, conforme orientações do CIATox-Unicamp e diretrizes do Protocolo de Manejo Clínico para Intervenção por Metanol, do Ministério da Saúde e será compartilhado com o Departamento Regional de Saúde (DRS-X), responsável por orientar os municípios da macrorregião sobre os procedimentos adequados.

“O HRP-Unicamp não realiza atendimento à demanda espontânea, mas atua como referência para casos graves e de alta complexidade, oferecendo suporte técnico e clínico aos 26 municípios do DRS-X”, destaca o diretor do hospital, Dr. José Roberto Matos Souza, médico cardiologista.

SINTOMAS

Os sintomas de intoxicação por metanol podem aparecer entre 06 e 24 horas após o consumo de bebidas adulteradas e incluem dor de cabeça intensa, visão turva, náuseas, dor abdominal e confusão mental. Embora pareçam com os de uma ressaca comum, esses sintomas exigem atenção imediata e busca por atendimento médico.

CASOS NO PAÍS

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 217 notificações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desse total, 200 casos ainda estão em investigação.  O estado de São Paulo concentra 15 confirmações e 164 casos em análise, representando mais de 80% das ocorrências nacionais.

Texto: Divulgação